Sobre julgamentos...


"Uma coisa é você achar que está no caminho certo, outra é achar que o seu caminho é o único. Nunca podemos julgar a vida dos outros, porque cada um sabe da sua própria dor e renúncia..."
(Na Margem do Rio Piedra Eu Sentei e Chorei - Paulo Coelho)

"Julgue-se um homem mais pelas suas perguntas do que pelas suas respostas."
Voltaire

"Não me julgue ainda, me conheça mais antes de me esquecer..."
Geisiany Quintino Reis

"Me entenda como quiser, mas não me julgue pelo que você entender."

Não julgue um homem pelas suas opiniões e sim pelo que ele se tornou em virtude delas."
G. C. Lichetenberg

"Não me julgue
Não me levante a mão
Não tente me imitar
Não sou perfeito
Não quero ser perfeito
Sou feliz assim.
Pois sempre tenho um sorriso estampado no rosto
e uma história pra contar pra você."
Alexandre Boarro

"Ainda que diante dos seus olhos esteja o que um homem fez, nunca julgue ser isso verdadeiro, por que nem sempre o que se pensa ter visto é realmente a verdade que se ver."
Antonielson Klevirisk

"Não julgue cada dia pela colheita que você obtém, mas pelas sementes que você planta."
Robert Louis Stevenson

"Se caso ela ceder, não a culpe.Se caso ela pensar em partir, não a julgue.Se caso ela reclamar saudade, desculpe - se."
João Vitor Rocha

"Acredite, ainda existem pessoas boas e sempre existirá, não julgue baseado apenas em sua experiência, o mundo não está perdido, seja amigo, ajude, acredite e ame sem esperar recompensas nem reconhecimentos, não tente enganar a sua consciência, você não vai conseguir, não seja bom apenas por medo de ser castigado, seja bobo, mas seja feliz, não ligue para o que os outros pensam sobre você, mas sinta que o que você faz é verdadeiramente certo, veja o mundo como você gostaria que ele fosse, porque ele é, acredite, a vida é bela!"
Ederaldo Feijó
"Não julgue alguém por um erro, amanhã quem pode cometê-lo é você mesmo"
Pasini

NÃO JULGUE
"O título acima, por sua extensão deveria ser: não julgue, para não ser julgado e/ou não julgue, você pode estar sendo injusto. Todos nós temos uma grave mania: a de julgar pessoas e coisas, sem antes tomarmos o devido cuidado de verificar todos os lados de cada situação. E uma das coisas que mais fazemos é julgar as pessoas pelo que os outros dizem e/ou pelo que lemos nos jornais.

Essa maneira de tirarmos conclusões precipitadas, já prejudicou muitas pessoas; algumas, foram à falência e perderam seus bens, outras, ficaram com suas reputações manchadas pelo resto da vida, e outras ainda, levadas pelo desespero, acabaram tirando suas próprias vidas. Destruir a moral das pessoas por emitir julgamentos equivocados, é bastante fácil. Difícil é consertar pois tanto a palavra escrita quanto a falada, uma vez lida ou ouvida por centenas de pessoas, nem sempre é analisada com profundidade.

ok, já saiIsso porque, quando emitimos uma opinião desfavorável acerca de uma pessoa, da qual ouvimos falar e/ou lemos num jornal, tiramos nossas próprias conclusões, achando que aquilo que nos foi transmitido espelha realmente a verdade. Ledo engano semelhante comportamento. Para tanto, antes teríamos que vasculhar a vida pregressa da pessoa em questão e somente nesse caso nos valer daquilo que foi escrito e/ou falado.
Quem mancha a reputação e a honra de alguém em público, dificilmente terá oportunidade de fazer justiça, mesmo no caso de uma retratação, posto que, nem todas as pessoas (centenas, às vezes, milhares delas) estariam naquele momento do pedido de perdão, ouvindo-o quando o fizeram no instante em que usou da palavra para denegrir. Assim, muitas delas ainda ficariam com a primeira impressão negativa, independente dos malgrados esforços do ofensor.
Uma das situações mais comuns pela qual gostamos de julgar e emitir nossa opinião, é a aparência, quer seja envolvendo pessoas e/ou coisas. Não raras vezes as pessoas que mantêm esse tipo de comportamento, caem no ridículo ou conforme o grau de ofensa, podem até ser processadas. Seres humanos assim, são completamente destituídos do conhecimento das leis espirituais que regam tudo: dos nossos desejos mais íntimos até os atos mais grosseiros perpetrados neste plano, ainda que ninguém nos tenha visto fazê-los.

Um exemplo de atitude comportamental equivocada, com influências de orientação superior pouco esclarecedoras, é retratada no conto a seguir: "Joaquim era casado com Vera e pai de seis filhos. Recebia apenas três salários mínimos, mal conseguindo sustentar a família. Certo dia, foi despedido da firma em que trabalhava, e o desespero tomou conta de seu coração.

No domingo, quando foi à missa, ouviu do padre que tudo aquilo de que precisamos devemos pedir a Deus e, se for para o nosso bem, ele atenderá. Joaquim voltou para casa, escreveu uma carta pedindo ajuda a Deus e enviou-a para o seguinte endereço: Deus Pai - Céu. Os funcionários do correio leram o estranho endereço e resolveram abrir a carta para ver do que se tratava. Estava escrito: "Meu bom Pai, tenho seis filhos. Estou desempregado. A esposa doente. Os filhos passam fome. Ajude-me, por favor. Preciso urgentemente de R$ 100,00. Obrigado, Joaquim." Comovidos, os funcionários do correio arrecadaram o dinheiro entre eles, conseguindo R$ 80,00. Colocaram o dinheiro num envelope e enviaram-no para Joaquim.

Quando este abriu a carta, pulou de alegria, mas constatou que dentro dela só havia R$ 80,00 e ele havia pedido R$ 100,00. Resolveu então escrever outra carta para o mesmo destinatário: Deus Pai - Céu. Os funcionários do correio, pensando que fosse o agradecimento de Joaquim a Deus, resolveram abrir novamente a carta... que dizia: "Senhor Deus, recebi os R$ 80,00. Mas cuidado, Senhor Deus! Numa próxima vez é melhor que o Senhor mande um cheque nominal, porque, mandando em dinheiro, os funcionários do correio roubam uma parte. Obrigado!" Moral da história: nem sempre vemos as coisas como elas realmente são e corremos o risco de cometer graves erros, precipitando-nos em nossos julgamentos."
Richard Zajaczkowski

O Que a Bíblia Realmente Ensina Sobre Julgar os Outros
"Não julgueis, para que não sejais julgados" é um dos versos mais mal-aplicados da Bíblia!

Devido à própria natureza dos sites The Cutting Edge/A Espada do Espírito e às muitas mensagens de correio eletrônico que recebemos, suponho que citam Mateus 7.1 para nós mais que qualquer outro verso! Quando ousamos apontar o erro à luz das Escrituras em instituições religiosas ou em ministérios individuais, podemos comumente esperar receber várias mensagens de leitores nos acusando de "julgar". Visto que esse é o caso, estamos violando a recomendação do Senhor quando criticamos outros cristãos?
Devemos responder dizendo que muitos do povo de Deus interpretam mal esse verso e, como conseqüência, chegam a adotar a posição extrema da tolerância, não ensinada na Palavra de Deus! Em primeiro lugar e antes de mais nada, devemos ser um povo de discernimento espiritual e exercer grande cautela em aceitar como genuínos aqueles que afirmam serem nossos irmãos porque a Bíblia claramente ensina que "... estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem." [Mateus 7:14]. Ela também nos ensina que Satanás está ocupado "plantando joio no meio do trigo" — enchendo igrejas de descrentes. Portanto é de suma importância que não estejamos no grupo ao qual o legendário empresário circense P. T. Barnum certa vez se referiu dizendo "Nasce um novo otário a cada minuto!" O Diabo não poderia estar mais satisfeito quando crentes bem-intencionados baixam a guarda e dão as boas-vindas a qualquer um e recebem a todos na igreja. Ele também fica gratificado quando essas mesmas pessoas ficam extremamente irritadas com os pastores que chamam a atenção das macieiras que estão produzindo limões. Vejamos em Mateus 7.15-20 a base para essa analogia:

"Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos de ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos frutos os conhecereis. (ênfase adicionada)
Esse princípio básico é a razão por que continuamos alfinetando o tema "prestar mais atenção ao que eles fazem do que ao que dizem — porque falar é fácil".
O Espírito Santo de Deus reside dentro dos crentes genuínos, portanto sua presença resultará na manifestação do "fruto do Espírito" em suas vidas [Gálatas 5:22,23]. Esse fruto é a única evidência visível pela qual podemos discernir se alguém é salvo ou não. Assim, quando o andar de uma pessoa não é coerente com o que ela diz, devemos ficar muito cautelosos com relação a ela.
Exercer discernimento espiritual é exercer julgamento. Uma das definições do dicionário de julgar é "formar opinião ou juízo crítico sobre; avaliar". Uma definição paralela de julgamento é "capacidade de tomar uma decisão ou formar uma opinião por discernimento e avaliação". Esse é o sentido de julgar, ou julgamento, que devemos ter o cuidado de manter, pois o Diabo está fazendo tudo em seu considerável poder para nos enganar por meio dos falsos "irmãos".
A admoestação do Senhor para "não julgar" em Mateus 7:1 usa a palavra grega krino, cujo significado — de acordo com o "Expository Dictionary of New Testament Words", de W. E. Vine — é: "primeiro indica separar, selecionar, escolher; portanto, determinar e então julgar, pronunciar julgamento". (ênfase minha). Em outras palavras a advertência é para nós não nos postarmos como juiz e pronunciar sentença contra uma pessoa — e condená-la — particularmente se estamos usando a nós mesmos como padrão. Isso não significa, entretanto, que devemos deixar de observar os outros e formar opiniões sobre a validade de sua profissão de fé. Isso não significa que os pastores devam deixar de advertir seu rebanho sobre o erro doutrinário nos ministérios dos outros pastores. Uma das maiores mentiras do Diabo é que a unidade deve ser preservada por meio da abolição de toda a crítica.
Em 1 Coríntios 5, encontramos o que o apóstolo Paulo ensinou aos crentes de Corinto sobre julgar indivíduos dentro da igreja. A base dessa passagem em particular envolve um homem que era um membro da igreja e estava vivendo em imoralidade aberta com "a mulher de seu pai" (verso 1). Aparentemente, a mulher era a madrasta do homem e, por causa de sua posição elevada na comunidade, esse pecado flagrante estava sendo relevado. Quando isso foi trazido ao conhecimento de Paulo, ele não mediu palavras para condenar a imoralidade e exigiu que a liderança da igreja entregasse o homem "a Satanás para a destruição da carne" (verso 5). Em outras palavras, a excomunhão — a remoção dos privilégios de membro e expulsão da assembléia — foi fortemente recomendada por Paulo. Isso significava punir o homem, colocando-o fora da proteção espiritual da igreja local e, como efeito, relegando-o de volta ao domínio de Satanás — onde sua carne (natureza carnal) ficaria debaixo de ataque demoníaco. Tudo isso foi feito com a esperança de que o homem procurasse arrependimento, perdão de Deus e restauração da comunhão com os outros irmãos. Essa história teve um final feliz, pois foi exatamente isso que o homem fez após ser disciplinado. No entanto, o ponto principal que não devemos perder encontra-se nas solenes palavras de Paulo nos versos de 11 a 13, onde exorta literalmente aos irmãos a exercerem julgamento espiritual nessa questão:
"Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais. Porque que tenho eu em julgar também os que estão de fora? Não julgais vós os que estão dentro? Mas Deus julga os que estão de fora. Tirai, pois, dentre vós a esse iníquo." (ênfase adicionada).
Outra interessante passagem encontra-se em 2 Tessalonicenses 3, onde parece que falsos mestres tinham convencido alguns dos crentes em Tessalônica que o Senhor estava para voltar em certa data. Assim, eles deixaram seus empregos, venderam suas posses, e estavam ansiosamente esperando o retorno de Cristo. Mas enquanto esperavam, tinham de viver da generosidade de outros irmãos e, entre outras coisas, eram culpados de vadiagem e de "meter o nariz" nos negócios dos outros. Para corrigir o problema, as palavras de Paulo nos versos 6, 14 e 15 uma vez mais encorajam julgamento apropriado:
"Mandamo-vos, porém, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo o irmão que anda desordenadamente, e não segundo a tradição que de nós recebeu... Mas, se alguém não obedecer à nossa palavra por esta carta, notai o tal, e não vos mistureis com ele, para que se envergonhe. Todavia não o tenhais como inimigo, mas admoestai-o como irmão." (ênfase adicionada).
Estão essas advertências sendo ensinadas e seguidas pela maioria dos pastores e das igrejas hoje? Não, porque elas não são "politicamente corretas" e poderiam ofender alguém! A unidade a todo custo está sendo promovida enfaticamente e todos os esforços são feitos para atrair aqueles que possam fazer uma profissão de fé e ajudar a encher os bancos da igreja — independente da real situação da pessoa diante de Deus.
Em vez disso, deveríamos seguir a exortação de Paulo em 1 Tessalonicenses 5:21, que diz:
"Examinai tudo. Retende o bem."
O discernimento espiritual deve servir como nossa "antena de radar" e ser exercido em todas as coisas em nossa vida diária a fim de evitar sermos enganados pelo Diabo. Insistimos no tema da enganação por que a Palavra de Deus insta a fazer isso! Entenda que só por que alguém usa a terminologia do cristianismo e vai à igreja toda vez que as portas estão abertas — ou está de pé no púlpito quando você entra — não quer dizer necessariamente que é um crente em Cristo e nascido de novo. Ouça o testemunho interior do Espírito Santo no tocante àqueles que afirmam o título de "cristão" e se sua antena espiritual começara a vibrar, preste atenção nisso. Deus conhece seus corações e sabe se eles pertencem ou não a ele (João 10.27). Observe-os bem e, se suas ações não se encaixam em sua profissão de fé, evite-os.
Os pastores são exortados em 2 Timóteo 4.2 a redarguir, repreender e exortar "com toda a longaminidade e doutrina". A palavra grega traduzida como "redarguir" é freqüentemente usada no sentido de "expor" e encontramos isso refletido em Efésios 5:11,13:
"E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as... Mas todas estas coisas se manifestam, sendo condenadas pela luz, porque a luz tudo manifesta."
Apontar o erro doutrinário é uma parte essencial do ministério de qualquer pastor genuíno e deve ser feito para o benefício do povo de Deus. Então, quando acharmos necessário criticar as táticas e os ensinos dos outros, isso deve ser feito usando a Palavra de Deus como padrão e não as nossas próprias idéias. Quando se demonstra que alguém está em erro, a piedade e a popularidade reconhecidas dessa pessoa não devem ofuscar ou sobrepujar os fatos. Errado é errado, por maior que seja a reputação.
Julgar não é errado, quando é o exercício do discernimento espiritual. Que Deus nos conceda muito mais desse discernimento!