COISAS QUE ESTOU APRENDENDO




Hoje, em um dos muitos momentos que a vida tem me colocado só e de frente comigo mesma, fiquei pensando: o que eu preciso neste momento?

Vou lhes contar alguns pensamentos que me vieram a mente:

Preciso de um ombro, um carinho inocente de quem não quer nada em troca, alguém que não se importe em me ouvir um pouco mais do que falar (porque eu falo demais), que esse ouvir seja inteiro e com total atenção, que muito releve porque pouco eu sei da vida e que seja olhando fundo nos meus olhos... presente no que eu quiser contar...

Alguém que, enquanto estiver ao meu lado, não fique olhando o relógio a cada meia hora, mas que se permita se perder no tempo em minha companhia.

Alguém que fale, que confie seus detalhes a mim... Não precisa saber quem é Kotler ou quais os 8 P's do Marketing Digital... Mas que me conte as histórias de suas cicatrizes de infância ou do dia produtivo (ou improdutivo) que teve.

Alguém que consiga ser uma ótima companhia, principalmente, em dias de chuva quando não se tem muito o que fazer além de ser a gente mesmo.

Alguém que me permita chorar quando e quanto eu quiser sem me considerar fraca, mas sensível... e que sensibilidade não seja, jamais, confundida com carência ou desespero...

Alguém que não julgue minha intensidade ou minha espontaneidade e que me permita ser eu mesma com todos os meus erros e acertos: que perceba meus erros e os aponte para que eu possa melhorar e que perceba meus acertos e os aponte para que eu veja que também faço o que é certo.

Alguém que priorize a verdade e que não diga, da boca prá fora, que gosta da minha companhia para depois ignorar minha ligação ou me ignorar.

Alguém que, ao invés de se despedir de mim com um: "Cuide-se!", deseje dedicar alguns minutos de sua semana para cuidar de mim, pois sabe que meu corpo tem 35 anos, mas um colo ainda me ganha.

Alguém que se permita tirar suas próprias conclusões a meu respeito sem se achar superior demais ou inferior demais a mim.

Eu preciso e agradeço por ter você: MÃE!!!

Aquela que quer minha felicidade plena... por mais que, inicialmente, as minhas escolhas pareçam meio atravessadas...

Texto de Isabele Schlossmacher.