Medo de perder

Um dos maiores obstáculos para uma vida harmônica, plena, mais expressiva e significativa é o medo de perder, sobretudo medo de perder alguém, o medo de perder quem dizemos amar: cônjuge, filhos amigos, patrão, empregado, cliente... Esta emoção é a principal responsável pelo nosso sofrimento vital.

O medo de perder é o medo de tornarmos dispensáveis para a pessoa com a qual estamos nos relacionando, ele se reverte de mil e uma formas, aparece sobre mil disfarces, como o medo de sermos criticados, que falem mal de nós, medo de que nos humilhem, de sermos rejeitados, de não sermos importantes, de sermos menos prezados, de não sermos amados, medo da solidão, e tudo isso pode ser designado por uma palavra : C I Ú M E S !

O ciúme é o medo de não ter alguém, de não possuir alguém, de não ser dono de alguém. Na relação ciumenta colocamos: nós e o outro como objetos, nesta relação pessoas e objetos são a mesma coisa. No ciúme temos medo de um dia sermos considerados inúteis, dispensáveis a outra pessoa, esta é a emoção do apelo, confusa, misturada, dependente e o que agrava é que na nossa cultora aprendemos como se o ciúmes sendo amor, e ele é justamente o oposto do amor pois na relação amorosa existe identidade, eu sou independentemente de você, na relação ciumenta, por outro lado, perde-se a identidade: eu sem você não valho nada, você é tudo para mim.

O amor é solto, é livre, vem de querência intima, está diretamente ligada ao sentimento de liberdade, de opção, de escolha. O ciúme prende, amarra, condiciona, determina, com essa emoção eu já não sou eu, sou o que o outro quer que eu seja.E eu sou assim para que ele seja aquilo que eu quero que ele seja.

No ciúme há um pacto de destruição mútua, cada qual, usa o outro como garantia de que não estará sozinho. Eu me abandono para que o outro não me abandone, eu me desprezo para que o outro não me despreze, eu me desrespeito para que o outro não me desrespeite, eu acabo me destruindo para que o outro não me destrua.

O ciúme é o medo de ser dispensável a alguém, e o mais grave talvez esteja aqui, nós passamos a vida inteira com medo de tornarmos algo que nós já somos: TOTALMENTE DISPENSÁVEIS!

O homem por definição é dispensável, transitório, efêmero, aquilo que passa, e isso é bastante real. Em todas as relações que temos somos hoje, somos substituíveis! O mundo sempre existiu antes de nós, está existindo conosco e continuará existindo sem nós. Somos necessários aqui e agora, mas seremos dispensáveis além e depois.

O medo de ser dispensáveis a alguém é o mesmo medo que temos da morte, que é real, pois o medo da morte é o ciúme da vida, é a vontade irreal de sermos eternos e imutáveis. O medo de perder nos dá a entender que as coisas só valem se forem eternas, se forem permanentes e duráveis.Uma relação só tem valor se tivermos garantia de que a vida sempre será assim como é. E, como tudo é transitório, como tudo é passível de transformação, o medo de perder nos leva a um estado contínuo de sofrimento.

As conseqüências do ciúme são muito claras. Se eu tenho medo de que me abandonem, de que não me amem, de me tornar dispensável, ao invés de fazer cada vez mais para que cada vez mais eu seja melhor, acabo gastando toda a minha energia para provar ao outro que eu já sou o mais, que eu já sou o melhor, que eu já sou o primeiro!

Ao invés de empenhar esforços para ser um cônjuge, um filho, um amigo, um pai ou uma mãe cada vez melhor, eu gasto toda a minha energia tentando provar a eles: que eu sou o melhor cônjuge do mundo, o que é uma mentira; o melhor filho do mundo, o que é uma mentira; o melhor pai ou mãe do mundo, o que é uma mentira; o melhor amigo do mundo, o que é uma mentira; e assim por diante...

O ciúme no conduz ao delírio da onipotência, os nossos atos, nossas iniciativas, a nossa conversa, o nosso comportamento, as nossas considerações, tudo isso é para mostras ao outro que já somos bons, capazes e perfeitos. Aqui está a diferença básica e fundamental entre o medo de perder e a vontade de ganhar.

O medo de perder é assim... Ganhamos, ninguém vai nos tomar o que já possuímos, para conservarmos o que já ganhamos... E com isso nós já chegamos ao ponto máximo, só temos que perder.

À vontade de ganhar por outro lado, é assim... Estaremos sempre ativos, descobrindo oportunidades do ganho, procuraremos ganhar cada vez mais em vez de nos preocupar com possíveis perdas.

O que temos de mais sagrado é a nossa própria vida esta nós já vamos perder, todas as outras perdas são secundárias.

O medo de perder é reativo, defensivo, justificativo! As pessoas ciumentas estão sempre se prevenindo para não perder, sempre se preparando, sempre se conservando.

As pessoas, com vontade de ganhar estão sempre optando, arriscando, o medo de perder é a vivência do futuro, é a vivência antecipada do futuro, é preocupação. À vontade de ganhar, por outro lado, é a vivência do presente, é a vivencia da beleza do presente.

Em tudo, a cada momento existem riscos e existem oportunidades. No medo da perda a pessoa só vê os risco, na vontade de ganhar a pessoa também vê os risco, mas, sobretudo, vê as oportunidades. Cada momento da vida é um desafio para o crescimento. A vontade de ganhar, a qual nos referimos, não significa ganhar de outra pessoa, e sim ganharmos de nós mesmos, ser cada vez mais, estar disposto a dar um passo a frente, estar sempre disposto a crescer um pouco mais. É importante termos para nós, que hoje podemos crescer um pouco mais do que éramos ontem, que ninguém chegou ao seu limite máximo, que idade adulta não significa que chegamos ao máximo de nossas potencialidades, não existe pessoa madura, existe sim, pessoas em amadurecimento.

Todo nosso crescimento se dá por uma paralisação de nosso crescimento pessoal, e cada um de os sabe muito bem onde paralisou, onde nossa energia está bloqueada, onde não está tendo expansão de nossa própria energia.

Ainda, não vimos até hoje, um relacionamento se deteriorar sem a presença marcante do ciúme, do desejo de sermos donos da outra pessoa, de ter poder e controle sobre as ações e até dos pensamentos da pessoa que dizemos amar!

O ciúme é a doença do amor, é um profundo desamor a si mesmo e conseqüentemente um desamor ao outro, pelo ciúme se estabelece uma relação entre dominador x dominado. O ciúme é a dor da incerteza com relação ao sentimento de alguém no futuro. É a raiva de não possuir a segurança absoluta do relacionamento no futuro, é a tristeza de não saber o que vai acontecer amanhã. Alías, o que dói no ciúme, é a insegurança do futuro, é a insegurança do desconhecido. A loucura está aí, passamos a vida inteira tentando conseguir o que jamais conseguiremos: segurança... Pois ela não existe! Ser seguro não acabar com a insegurança, mas aceita-la como inerente à natureza humana. Ninguém pode acabar com o risco do amor, por isso só é possível estar em estado de amor quando sabemos estar em um estado de risco!

Desperdiçamos o único momento que temos, que é o A G O R A,

em função de um momento inexistente: o F U T U RO ! Parece que as pessoas só valem para nós amanhã, no futuro. Nós não curtimos o relacionamento hoje com nosso cônjuge, com os filhos, com s amigos sofrendo pela possibilidade de um dia não sermos queridos por eles. O filho, por exemplo, parece que só nos é importante amanhã, quando crescer, quando se formar, quando casar, trabalhar, etc... Até hoje, não conhecemos um pai que estivesse preocupado com o futuro do filho que estivesse brincando com eles. Em geral, não tem tempo porque estão muito ocupados em assegurar aos filhos um futuro brilhante!

O ciúme é a incapacidade de vivermos a gratuidade da vida. Hoje é o primeiro dia do resto de nossa vida, querendo ou não! Hoje estamos começando, e viver é considerar cada segundo de novo, a cada dia o seu próprio cuidado, o medo daquilo que nos pode acontecer, tira nos a alegria de estar aqui e agora. O medo da morte tira a vontade de viver, o medo de perder alguém tira a beleza de estar com ela agora, alias quando se tem medo de perder alguém é porque pensamos que as pessoas são nossas, ninguém pode perder o que não tem.

Cada pessoa é única e exclusivamente dela mesma, podemos perder um livro, um isqueiro, uma bolsa, porém jamais podemos perder uma pessoa.

O sinônimo do medo de perder é a obsessão pelo primeiro lugar, colocamos nos ombros a tarefa impossível de sermos sempre os primeiros em todos os lugares e em todas as circunstâncias. Se for em casa, queremos ser o primeiro, se for no trabalho, também o primeiro, num assunto específico queremos ser o primeiro, em outro assunto qualquer sempre o primeiro. O 1o lugar é amarelante, deteriorante, ao passo que o 2o lugar é esperançoso, é enverdejante, pois quando alguém chega ao cume da montanha só lhe resta um caminho a seguir: COMEÇAR A DESCER!!

No 2o lugar, ainda temos para onde ir, para onde crescer, a postura do 2o lugar nos leva ao crescimento contínuo, porque você se decreta em 2o lugar mesmo que esteja eventualmente o 1o lugar perante a sociedade.

O 2o lugar não em relação ao outro, mas em relação a nós próprios, ou seja, ainda teremos por onde crescer e melhorar. Você sabe por que o mar é tão grande? É porque ele teve a humildade de se colocar alguns centímetros abaixo de todos os rios do mundo, sabendo receber tornou-se grande, se quisesse ser o 1o e se colocasse alguns centímetros de todos os rios da terra, não seria o mar, mas uma ilha, toda a sua água iria para os outros, e ele estaria isolado...

Além disso, a perda faz parte, a queda faz parte, a morte faz parte, é impossível viver satisfatoriamente se não aceitamos a queda, a perda, a morte o erro, precisamos aprender a perder, a cair, a errar e a morrer. Não é possível saber ganhar sem saber perder, não é possível saber andar sem saber cair, não é possível viver sem saber morrer!

Em outras palavras, se temos medo de cair, andar será muito doloroso; se temos medo de morrer, a vida será muito ruim; se temos medo de perder, o ganho nos enche de preocupação!!!

Esta é a figura do fracasso dentro do sucesso, pois quanto mais ganha, quanto mais melhora na vida, mais sofre. Para a pessoa que tem medo de ficar pobre, quanto mais dinheiro obtém mais preocupado fica. Para a pessoa que tem medo do fracasso, quanto mais sobe na escala social, mais desgraçada é a sua vida.

Agora, se você aprende a perder, a cair, a errar e a morrer, ninguém o controla mais, pois o máximo que pode acontecer a você é cair, é perder, é errar, é morrer e isso você já sabe!!

Amor verdadeiro

Quantas vezes você já olhou um casal, passeando de mãos dadas ou abraçado e se perguntou como eles podem se amar, sendo tão diferentes?



Quantas vezes já pensou em como aquela moça tão elegante pode amar aquele homem com ar tão desengonçado?

Ou como aquele homem tão bonito, parecendo um deus da beleza pode amar aquela mulher tão destituída de atrativos?

Toda vez que essas idéias nos atravessam a mente, é que estamos julgando o amor pelo exterior.

Mas, já dizia o escritor de o pequeno príncipe: "o essencial é invisível
para os olhos."

A propósito, conta-se que o avô do conhecido compositor alemão Mendelssohn, estava muito longe de ser bonito.

Moses era baixo e tinha uma corcunda grotesca.
Um dia, visitando um comerciante na cidade de Hamburgo, conheceu a sua linda filha. E logo se apaixonou perdidamente por ela.

Entretanto, a moça, ao vê-lo, logo o repeliu. Aquela aparência disforme quase a enojou.

Na hora de partir, Moses se encheu de coragem e subiu as escadas. Dirigiu-se ao quarto da moça para lhe falar.

Desejava ter sua última oportunidade de falar com ela.

A jovem era uma visão de beleza e Moses ficou entristecido porque ela se recusava até mesmo a olhar para ele.
Timidamente, ele lhe dirigiu uma pergunta muito especial: "você acredita em casamentos arranjados no céu?"

Com os olhos pregados no chão, ela respondeu: "acredito!"

"Também acredito." - afirmou Moses - "Sabe, acredito que no céu, quando um menino vai se preparar para nascer, Deus lhe anuncia a menina com quem vai se casar.

Pois quando eu me preparava para nascer, Deus me mostrou minha futura noiva.

Ela era muito bonita e o bom Deus me disse: "sua mulher será bela, contudo terá uma corcova."

Imediatamente, eu supliquei: "senhor, uma mulher com uma corcova será uma tragédia. Por favor, permita que eu seja encurvado e que ela seja perfeita."


Nesse momento, a jovem, emocionada, olhou diretamente nos olhos de Moses Mendelssohn.

Aquela era a mais extraordinária declaração de amor que ela jamais imaginara receber.
Lentamente, estendeu a mão para ele e o acolheu no fundo de seu coração.
Casou-se com ele e foi uma esposa devotada.

O amor verdadeiro tem lentes especiais para ver o outro. Vê, além da


aparência física, a essência. E assim, ama o que é real.
A aparência física pode se modificar a qualquer tempo. A beleza exterior pode vir a sofrer muitos acidentes e se modificar, repentinamente.

Quem valoriza o interior do outro é como um hábil especialista em diamantes que olha a pedra bruta e consegue descobrir o brilho da preciosidade.


É como o artista que acaricia o mármore, percebendo a imagem da beleza que ele encerra em sua intimidade.

Este amor atravessa os portões desta vida e se eterniza no tempo, tendo capacidade de acompanhar o outro em muitas experiências reencarnatórias.

Este é o verdadeiro amor.

Ansiedade, medo, fobia

O que é ansiedade ?
A ansiedade é um sinal de alerta, que permite ao indivíduo ficar atento a um perigo iminente e tomar as medidas necessárias para lidar com a ameaça. Portanto é um sentimento útil. Sem ela estaríamos vulneráveis aos perigos e ao desconhecido. É algo que está presente no desenvolvimento normal do ser humano, nas mudanças e nas experiências novas e inéditas. A ansiedade permite a um ator que estreará uma nova peça, ensaiar o suficiente para ter maior segurança e, conseqüentemente, menor ansiedade; ou então que um jovem se prepare demoradamente e até com vários detalhes irrelevantes para um encontro amoroso. Após algum tempo, a preparação para o encontro com uma antiga namorada se torna quase desnecessária, já que não há mais ansiedade.
Como surge a ansiedade?
A ansiedade pode surgir repentinamente, como no pânico, ou gradualmente, ao longo do tempo, que pode variar de minutos a dias. A duração da ansiedade pode variar de alguns segundos a anos e sua intensidade pode variar do muito leve ao gravíssimo. A ansiedade pode ser aumentada por um sentimento de vergonha: "Os outros notaram que estou nervoso". Alguns ficam surpresos ao notarem que os outros não perceberam sua ansiedade ou não notaram a sua intensidade.
Como é a ansiedade normal?
A ansiedade normal é uma sensação difusa, desagradável, de apreensão, acompanhada por várias sensações físicas: mal estar epigástrico, aperto no tórax, palpitações, sudorese excessiva, cefaléia, súbita necessidade de evacuar, inquietação etc. Os padrões individuais físicos de ansiedade variam amplamente. Alguns indivíduos apresentam apenas sintomas cardiovasculares, outros apenas sintomas gastrintestinais, há aqueles que apresentam apenas sudorese excessiva. A sensação de ansiedade pode ser dividida em dois componentes:
  1. a consciência de sensações físicas, e
  2. a consciência de estar nervoso ou amedrontado.
Quando a ansiedade é anormal?
A ansiedade anormal ou patológica é uma resposta inadequada a determinado estímulo, em virtude de sua intensidade ou duração. Diferentemente da ansiedade normal, a patológica paralisa o indivíduo, traz prejuízo ao seu bem estar e ao seu desempenho e não permite que ele se prepare e enfrente as situações ameaçadoras.
Qual a diferença entre medo e ansiedade?
A diferença entre medo e ansiedade é questão teórica. Como citado anteriormente, a ansiedade é uma sensação vaga e difusa que nos leva a enfrentar com sucesso as situações agradáveis ou não. Já o medo, que também é uma reação normal, difere da ansiedade porque é ligado a uma situação ou objeto específico que apresenta perigo, real ou imaginário, e nos leva a evitá-lo. Um exemplo é o medo de assalto. Todos evitamos as situações que possam nos deixar mais vulneráveis.
O que é a fobia?
A fobia envolve uma ansiedade persistente, intensa e irrealística, em resposta a uma situação específica, como por exemplo altura. A pessoa fóbica evita a situação que desencadeie a sua ansiedade ou suporta-a com grande sofrimento. Entretanto, ela reconhece que sua ansiedade é excessiva e consciente que tem um problema. Uma fobia é caracterizada por:
  1. Medo excessivo, imensurável de um objeto ou situação;
  2. Comportamento de esquiva em relação ao objeto temido;
  3. Grande ansiedade antecipatória quando próximo do objeto em questão; e
  4. Ausência de sintomas ansiosos quando longe da situação fóbica.
O que causa uma fobia ?
Existem diversas teorias para o aparecimento de uma fobia como a psicanalítica, a comportamental, a existencial e a biológica.
Segundo as teorias psicanalíticas, a fobia é um sinal para o ego de que um instinto inaceitável está exigindo representação e descargas conscientes (sintomas de ansiedade ou fobias). A ansiedade desperta o ego para que tome medidas defensivas contra as pressões interiores. Se a repressão não for bem sucedida, outros mecanismos psicológicos de defesa podem resultar em formação de sintomas.
Segundo as teorias comportamentais, a fobia é uma resposta condicionada a estímulos ambientais específicos. Uma pessoa pode aprender a ter uma resposta interna de ansiedade após uma experiência negativa ou imitando respostas ansiosas de seu meio social. A teoria cognitiva da fobia sugere que padrões de pensamentos incorretos, distorcidos, incapacitantes ou contra-producentes acompanham ou precedem os comportamentos desadaptados. Os pacientes que sofrem de fobia tendem a superestimar o grau e a probabilidade de perigo em uma determinada situação e a subestimar suas capacidades para lidar com ameaças percebidas ao seu bem-estar físico ou psicológico.
De acordo com as teorias existenciais, as pessoas ficam fóbicas ao se tornarem conscientes de um profundo vazio em suas vidas. A ansiedade é a resposta a este imenso vazio de existência e significado.
Pelas teorias biológicas, a fobia é definida como uma função mental e essas teorias criam hipóteses para sua representação cerebral. Essas teorias são baseadas em medições objetivas que comparam a função cerebral de pessoas normais com indivíduos com fobias, principalmente através do uso de medicamentos ansiolíticos (tranqüilizantes). É possível que certas pessoas sejam mais suscetíveis ao desenvolvimento de um transtorno de ansiedade, com base em uma sensibilidade biológica. Os três principais neurotransmissores associados às fobias são a noradrenalida, o ácido gama-aminobutírico (GABA) e a serotonina.
Quais são os principais distúrbios de ansiedade?
Os principais distúrbios de ansiedade são: ansiedade generalizada, ansiedade induzida por drogas ou problemas médicos, ataque de pânico, distúrbio do pânico, distúrbios fóbicos (agorafobia, fobia social, fobia generalizada etc.), transtorno obsessivo-compulsivo.
O que é o distúrbio de ansiedade generalizada?
O distúrbio de ansiedade generalizada é a ansiedade e preocupação excessiva, quase que diária, sobre uma série de atividades ou eventos, e que dura 6 meses ou mais. A ansiedade e a preocupação são intensas e de difícil controle, desproporcionais à situação e podem ser sobre as mais diversas questões como dinheiro, saúde etc. Nesse distúrbio, pelo menos três dos seguintes sintomas estão presentes: inquietação, fatiga, dificuldade de concentração, irritabilidade, tensão muscular e sono de má qualidade. O tratamento é realizado com a a associação de medicamentos (antidepressivos ou benzodiazepínicos) e psicoterapia comportamental.
O que é a ansiedade induzida por drogas ou doenças?
Neste distúrbio, a ansiedade é decorrente de problemas médicos ou uso de drogas lícitas ou ilícitas. As doenças que podem causar ansiedade são: infecções cerebrais, doenças do labirinto, distúrbios cardiovasculares (insuficiência cardíaca, arritmias), distúrbios endócrinos (hiper-atividade das glândulas tireóide ou supra-renal) e distúrbios respiratórios (asma, doença obstrutiva crônica do pulmão). Entre as drogas que podem causar ansiedade têm-se: álcool, cafeína, cocaína e diversas drogas medicamentosas. A ansiedade também pode ser causada quando se para de tomar determinados medicamentos ou drogas ilícitas.
Quais são os principais distúrbios fóbicos?
Os principias disturbios fóbicos são agorafogia, transtorno do estresse pós traumático, fobia social, fobias específicas.
O que é a agorafobia?
O termo "agorafobia" significa medo de lugares abertos. Na prática clínica designa medo de sair de casa ou de situações onde o socorro imediato não é possível. O termo, portanto, refere-se a um grupamento inter-relacionado e freqüentemente sobreposto de fobias que abrangem o medo de sair de casa, medo de entrar em lugares fechados (aviões, elevadores, cinemas etc.) multidões, lugares públicos, permanecer em uma fila, viajar de ônibus, trem ou automóvel, de se distanciar de casa e de estar só em uma destas situações. A agorafobia é uma complicação freqüente no transtorno de pânico, onde todas as situações temidas têm em comum o medo de passar mal e não ter socorro fácil ou imediato.
O que é a fobia social ou transtorno de ansiedade social?
A fobia social é o medo patológico de comer, beber, tremer, enrubescer, falar, escrever, enfim, de agir de forma ridícula na presença de outras pessoas. Uma característica importante da fobia social é a ansiedade antecipatória e o sofrimento durante a exposição.
O que são fobias específicas?
São fobias restritas a situações altamente específicas, como determinados animais, altura, trovão, escuro, espaços fechados, visão de sangue ou medo de exposição a doenças específicas. Apesar de a situação temida ser limitada, a iminência ou o contato com ela pode provocar um ataque de ansiedade aguda. Fobias específcias surgem na infância e podem persistir por toda a vida se permanecerem sem tratamento, como ocorre na maioria dos casos. O tratamento indicado é a terapia comportamental, com uso de técnicas como a dessensibilização ou "flooding", associadas a técnicas de relaxamento. Em alguns casos, o uso de benzodiazepínicos, por período limitado, pode ser útil.
O que é o Transtorno de Estresse Pós-Traumático?
É um distúrbio de ansiedade que se desenvolve em pessoas que experimentaram estresse físico ou emocional de magnitude suficientemente traumática para um ser humano comum.
As principais características deste distúrbio são:
  1. a re-experiência do trauma através de sonhos e pensamentos em vigília ("flash back");
  2. torpor emocional para outras experiências relacionadas; e
  3. sintomas físicos de ansiedade, depressão e dificuldades cognitivas.
A ansiedade e depressão estão comumente associadas e a ideação suicida pode ocorrer. Como exemplo, há as experiências de guerra, catástrofes naturais, estupro, acidentes sérios etc. Fatores predisponentes, como traços de personalidade ou presença de outros transtornos mentais, podem facilitar o aparecimento do transtorno ou agravar o seu curso, mas não são necessários nem suficientes para explicar a sua ocorrência. O início do quadro segue o trauma com um período de latência que pode variar de poucas semanas a meses, raramente excedendo a 6 meses. O curso é flutuante e a recuperação ocorre na maioria dos casos. O tratamento com psicoterapia de orientação psicanalítica, terapia cognitiva e a associação a psicofármacos, ansiolíticos ou antidepressivos, conforme a síndrome predominante, parecem trazer bons resultados.
O que é o TOC – transtorno obsessivo compulsivo?
O Transtorno Obsessivo Compulsivo, ou simplesmente TOC, é uma doença crônica caracterizada pela presença involuntária e intrusiva de obsessões e/ou compulsões. Obsessões são pensamentos, sentimentos, idéias, impulsos ou representações mentais vividos como intrusos e sem significado particular para o indivíduo. As obsessões mais comuns são as de limpeza e contaminação (por sujeira e doenças), verificação, escrupulosidade (moralidade), religiosas e sexuais.

QUANDO AS PESSOAS QUE AMAMOS NOS MAGOAM


Às vezes as pessoas que amamos nos magoam, e nada podemos fazer
senão continuar nossa jornada com nosso coração machucado.
Às vezes nos falta esperança. Às vezes o amor nos machuca profundamente,
e vamos nos recuperando muito lentamente dessa ferida tão dolorosa.
Às vezes perdemos nossa fé, então descobrimos que precisamos acreditar,
tanto quanto precisamos respirar...é nossa razão de existir.

Às vezes estamos sem rumo, mas alguém entra em nossa vida, e se torna o nosso destino.
Às vezes estamos no meio de centenas de pessoas, e a solidão aperta nosso coração
pela falta de uma única pessoa.

Às vezes a dor nos faz chorar, nos faz sofrer, nos faz querer parar de viver,
até que algo toque nosso coração, algo simples como a beleza de um pôr do sol,
a magnitude de uma noite estrelada, a simplicidade de uma brisa batendo em nosso rosto.
É a força da natureza nos chamando para a vida.

Você descobre que as pessoas que pareciam ser sinceras e receberam sua confiança,
te traíram sem qualquer piedade.
Você entende que o que para você era amizade, para outros era apenas conveniência, oportunismo.
Você descobre que algumas pessoas nunca disseram eu te amo, e por isso nunca fizeram amor,
apenas transaram...

Descobre também que outras disseram eu te amo uma única vez.
E agora temem dizer novamente, e com razão, mas se o seu sentimento for sincero poderá
ajudá-las a reconstruir um coração quebrado.
Assim ao conhecer alguém, preste atenção no caminho que essa pessoa percorreu, são fatores
importantes: a relação com a família, as condições econômicas nas quais se desenvolveu.
(dificuldades extremas ou facilidades excessivas formam um caráter), os relacionamentos anteriores
e as razões do rompimento, seus sonhos, ideais e objetivos.

Não deixe de acreditar no amor. Mas certifique-se de estar entregando seu coração para alguém
que dê valor aos mesmos sentimentos que você dá.
Manifeste suas idéias e planos, para saber se vocês combinam. E certifique-se de que
quando estão juntos, aquele abraço vale mais que qualquer palavra.
Esteja aberto a algumas alterações, mas jamais abra mão de tudo, pois se essa pessoa
te deixar, então nada irá lhe restar.

Tenha sempre em mente que às vezes tentar salvar um relacionamento,
manter um grande amor, pode ter um preço muito alto se esse sentimento não for recíproco.
Pois em algum outro momento essa pessoa irá te deixar e seu sofrimento será ainda
mais intenso, do que teria sido no passado.
Pode ser difícil fazer algumas escolhas, mas muitas vezes isso é necessário.
Existe uma diferença muito grande entre conhecer o caminho e percorrê-lo.
A tristeza pode ser intensa, mas jamais será eterna.
A felicidade pode demorar a chegar, mas o importante é que ela venha para ficar e não
esteja apenas de passagem...

François de Bitencourt

VALE A PENA ACREDITAR EM RELAÇÕES FALIDAS ?


Não quero defender as relações falidas e que só fazem mal, nem estou sugerindo que as pessoas insistam em sentimentos que não são correspondidos, em relacionamentos que não são recíprocos, mas quero reafirmar a minha crença sobre o quanto considero válida a coragem de recomeçar, ainda que seja a mesma relação; a coragem de continuar acreditando, sobretudo porque a dor faz parte do amor, da vida, de qualquer processo de crescimento e evolução.

Pelas queixas que tenho ouvido, pelas atitudes que tenho visto, pela quantidade de pessoas depressivas que perambulam ocas pelo mundo, parece que temos escolhido muito mais vezes o “nada” do que a “dor”.

Quando você se perguntar “do que adianta amar, tentar, entregar-se, dar o melhor de mim, se depois vem a dor da separação, do abandono, da ingratidão?”, pense nisso: então você prefere a segurança fria e vazia das relações rasas? Então você prefere a vida sem intensidade, os passos sem a busca, os dias sem um desejo de amor? Você prefere o nada, simplesmente para não doer?

Não quero dizer que a dor seja fácil, mas pelo amor de Deus, que me venha a dor impagável do aprendizado que é viver. Que me venha a dor inevitável à qual as tentativas nos remetem. Que me venha logo, sempre e intensa, a dor do amor...

Prefiro o escuro da noite a nunca ter me extasiado com o brilho da Lua...
Prefiro o frio da chuva a nunca ter sentido o cheiro de terra molhada...
Prefiro o recolhimento cinza e solitário do inverno a nunca ter me sentido inebriada pela magia acolhedora do outono, encantada pela alegria colorida da primavera e seduzida pelo calor provocante do verão...

E nesta exata medida, prefiro a tristeza da partida a nunca ter me esparramado num abraço...
Prefiro o amargo sabor do “não” a nunca ter tido coragem de sair da dúvida...
Prefiro o eco ensurdecedor da saudade a nunca ter provado o impacto de um beijo forte e apaixonado... daqueles que recolocam todos os nossos hormônios no lugar!

Prefiro a angústia do erro a nunca ter arriscado...
Prefiro a decepção da ingratidão a nunca ter aberto meu coração...
Prefiro o medo de não ter meu amor correspondido a nunca ter amado ensandecidamente.

Prefiro a certeza desesperadora da morte a nunca ter tido a audácia de viver com toda a minha alma, com todo o meu coração, com tudo o que me for possível...
Enfim, prefiro a dor, mil vezes a dor, do que o nada...

Não há – de fato – algo mais terrível e verdadeiramente doloroso do que a negação de todas as possibilidades que antecedem o “nada”.

E já que a dor é o preço que se paga pela chance espetacular de existir, desejo que você ouse, que você pare de se defender o tempo todo e ame, dê o seu melhor, faça tudo o que estiver ao seu alcance, e quando achar que não dá mais, que não pode mais, respire fundo e comece tudo outra vez...

Porque você pode desistir de um caminho que não seja bom, mas nunca de caminhar...
Pode desistir de uma maneira equivocada de agir, mas nunca de ser você mesmo...
Pode desistir de um jeito falido de se relacionar, mas nunca de abrir seu coração...

Portanto, que venha o silêncio visceral que deixa cicatrizes em meu peito depois das desilusões e dos desencontros... Mas que eu nunca, jamais deixe de acreditar que daqui a pouco, depois de refeita e ainda mais predisposta a acertar, vou viver de novo, vou doer de novo e sobretudo, vou amar mais uma vez... e não somente uma pessoa, mas tudo o que for digno de ser amado!

Por Rosana Braga

Velhos hábitos e pequenas obsessões


Não tive grandes amores, mas pequenas obsessões. E ao longo dessas muito mal sucedidas incursões sentimentais, eu acabei instaurando um certo padrão.
Antes de tudo, você precisa entender que o ponto de partida desse círculo é estar muito triste ou muito puta - ou ambos - porque alguém não me quis. Esse é o meu estado normal.
Anormal é o oposto. Estar feliz com a minha vida afetiva é a exceção das exceções. E uma vez que você compreende o marco zero, fica mais fácil acompanhar minha patética jornada rumo ao mesmo lugar.
Porque lá estou eu, triste ou puta - ou ambos -, completamente instatisfeita com a conjuntura do Universo, me achando a pessoa mais mal-afortunada que existe, quando surge alguém novo.
Em um primeiro momento, minha reação é descartar a possibilidade, encontrando todos os defeitos possíveis, listando todas razões que tornam aquele sujeito uma péssima ideia. E entenda que essa atitude em nada tem a ver com o rapaz em questão. É que faz parte desse meu padrão ter sérias dificuldades em aceitar mudanças e sair da inércia. E ao encontrar problemas na pessoa nova, eu automaticamente enalteço aquela que não me quis, permanecendo assim no meu estado normal de tristeza ou emputecimento - ou ambos.
Mas, tá. Digamos que o cara novo reuna em si um conjunto de atributos que me faça sair da inércia e me empurre para a etapa seguinte. Então nós saímos, conversamos, nos pegamos freneticamente e eu passo o tempo todo me perguntando o que caralhos estou fazendo ali.
Só que o cara novo me surpreende de alguma forma e eu consigo avançar para o estágio seguinte, onde o outro já não ocupa mais tanto espaço no meu fluxo de pensamentos. Eu já não me preocupo em saber com quem ele está ou o que anda fazendo. Não é mais dele que eu me lembro, distraída, no meio da tarde. E é aí que começa a transição de uma obsessão para outra.
No início ela se dá bem devagar, como se a conexão estivesse lenta. E quando eu menos espero algo muda na rede e tudo acelera. Foda-se o cara que não me quis. Ele foi um idiota. Ocorre uma inversão de papéis e o sujeito enaltecido agora é o cara novo. Ele sim é foda. Completamente diferente, não tem nem comparação. Esse tem muito mais a ver comigo, penso.
O cara novo vira O cara. E tudo parece estar ótimo.
...
Até não estar mais.
Pouco a pouco, as coisas começam a desandar. E o cara novo, que tinha virado O cara, agora passa a ser o cara que faz tudo errado. Já não me surpreende de nenhuma forma - e quando o faz, é sempre de maneira negativa. Tipo, surpresa(!), tem um brinco na gaveta dele! E não é meu!
Nesse momento ocorre outra inversão, bem mais irônica que a anterior. Porque quem volta a ser enaltecido é o cara do começo, o que não me quis, o que tinha virado um idiota.
Nesse ponto do círculo vicioso, eu revejo toda a trajetória e percebo que aquele cara nem tinha sido tão idiota assim. Ele nunca faria comigo o que o cara novo está fazendo. Ele me entendia melhor. Completamente diferente, não tem nem comparação.
E aí eu volto a ficar triste ou puta - ou ambos. Mais uma pequena obsessão pro meu álbum de figurinhas repetidas. Mais uma voltinha frustrante pelo círculo, em tempo recorde.
Mas velhos hábitos não morrem fácil. E estando de volta ao marco zero, só me resta esperar. Mais alguns meses de pequenas obsessões e logo logo chega mais um cara novo.
Por Natalia Klein

Por que as pessoas entram na sua vida?


Pessoas entram na sua vida por uma "Razão", uma "Estação" ou uma "Vida Inteira". Quando você percebe qual deles é, você vai saber o que fazer por cada pessoa.

Quando alguém está em sua vida por uma "Razão"... é, geralmente, para suprir uma necessidade que você demonstrou. Elas vêm para auxiliá-lo numa dificuldade, te fornecer orientação e apoio, ajudá-lo física, emocional ou espiritualmente. Elas poderão parecer como uma dádiva de Deus, e são! Elas estão lá pela razão que você precisa que eles estejam lá. Então, sem nenhuma atitude errada de sua parte, ou em uma hora inconveniente, esta pessoa vai dizer ou fazer alguma coisa para levar essa relação a um fim. Ás vezes, essas pessoas morrem. Ás vezes, eles simplesmente se vão. Ás vezes, eles agem e te forçam a tomar uma posição. O que devemos entender é que nossas necessidades foram atendidas, nossos desejos preenchidos e o trabalho delas, feito. As suas orações foram atendidas. E agora é tempo de ir.

Quando pessoas entram em nossas vidas por uma "Estação", é porque chegou sua vez de dividir, crescer e aprender. Elas trazem para você a experiência da paz, ou fazem você rir. Elas poderão ensiná-lo algo que você nunca fez. Elas, geralmente, te dão uma quantidade enorme de prazer... Acredite! É real! Mas somente por uma "Estação".

Relacionamentos de uma "Vida Inteira" te ensinam lições para a vida inteira: coisas que você deve construir para ter uma formação emocional sólida. Sua tarefa é aceitar a lição, amar a pessoa, e colocar o que você aprendeu em uso em todos os outros relacionamentos e áreas de sua vida. É dito que o amor é cego, mas a amizade é clarividente. Obrigado por ser parte da minha vida.

Pare aqui e simplesmente SORRIA.

"Trabalhe como se você não precisasse do dinheiro,
Ame como se você nunca tivesse sido magoado, e dance como
se ninguém estivesse te observando."

"O maior risco da vida é não fazer NADA."
Martha Medeiros