Tudo sobre o ciúme



CIÚMES PROVOCA 'CEGUEIRA INDUZIDA PELA EMOÇÃO'

A expressão "ciúme cego" acaba de ganhar um embasamento científico. Psicólogos da Universidade de Delaware, nos Estados Unidos, concluíram que o sentimento de posse pode afetar a habilidade de uma mulher enxergar claramente. O experimento, que ainda não foi testado em homens, foi apontado como "profundamente revelador" sobre relações sociais e percepção.

Para o estudo, os pesquisadores convocaram casais heterossexuais de namorados e pediram que cada um se sentasse lado a lado, em diferentes computadores. As mulheres, então, foram solicitadas a identificar cenas de paisagens que apareciam na tela do monitor, enquanto que seus namorados tinham que elencar as paisagens mais belas entre as que eram exibidas.

O problema mesmo veio depois, quando o responsável pela condução do experimento pediu que os homens avaliassem a beleza de mulheres que seriam mostradas na tela. Ao final, as participantes tiveram que responder o quão desconfortável se sentiram ao saber que seus namorados estavam vendo fotos de belas mulheres. Resultado: quanto mais ciúmes elas admitiram, mais distraídas ficaram e menos conseguiram enxergar os alvos.

A relação entre ciúmes e "cegueira induzida pela emoção" só foi observada quando os namorados estavam avaliando outras mulheres.

A pesquisa, conduzida pelos professores Steven Most a Jean-Philippe Laurenceau, foi divulgada na edição de abril da revista Emotion, da Associação Americana de Psicologia.

A partir da revista Veja



Seu sinônimo é zelo, veio do grego Zelosos. Embora zeloso não seja o mesmo que ciumento, transmite a idéia de propriedade agregada à afeição, que entra na conceituação primeira de ciúme.

O medo da perda e ansiedade dão o tom de aflição e sofrimento que acompanha o ciúme. Já no alemão faz alusão ao fogo, a queimar, arder; é a doença que arde. Estudos mostram que pessoas inseguras e com baixa auto-estima são mais propensas a crises de ciúme.

É bom lembrar que o ciúme é um sentimento normal mas que dependendo da intensidade e freqüência, passa a ser patológico. A literatura científica diferencia claramente a expressão normal da doentia.

A primeira é transitória, refere-se a episódios específicos e é baseado em fatos concretos que ocorrem no contexto do relacionamento amoroso. Já a manifestação patológica aparece como preocupação excessiva e infundada, não necessariamente num contexto de relação amorosa e caracteriza-se como sintoma de quadros como transtorno da personalidade, alcoolismo, depressão e obsessão.

No ciúme patológico as reações são impulsivas, egoístas e violentas, levando muitas vezes ao homicídio seguida do suicídio, os chamados “crimes passionais”, cometidos por portadores de alguma comorbidade psiquiátrica.

Alguns estudos relacionam o ciúme patológico com o transtorno obsessivo compulsivo (TOC), pois os pensamentos dos ciumentos são similares, já que são intrusivos, desagradáveis e incitam atitudes de verificação constante. As pessoas que reconhecem serem estes comportamentos inadequados ou injustificados logo após entram no quadro de culpa e depressão, já os que não possuem este reconhecimento estão sempre com raiva e com condutas impulsivas constantes.

Muitas vezes nos perguntamos por que não percebemos com clareza que vivemos situações como esta, sem perceber que não eram reações normais. Quantos pais não percebem que a criança está com reações patológicas provenientes do ciúme que sente pelo irmãozinho que nasceu. Como podemos perceber os limites entre reações normais e obsessões doentias se afinal são limites tênues que variam nas suas raízes culturais e etc. Temos que observar com tranqüilidade e muito diálogo e olhos para ver, indo direto ao ponto.

Nos quadros de alcoolismo crônico haverá um ciumento obsessivo compulsivo latente ou um total alienado emocional. Como na nossa cultura é considerado “normal” o costume da cervejinha do final de semana, custaremos a perceber a instalação da doença e conseqüentemente o caminho do fim.

O ciúme que atormenta os adultos vem da infância, através dos sentimentos de ter-se se sentido traído e abandonado pelos pais seja pelo nascimento de irmãos, seja por vícios, ausências prolongadas. Essa sensação de abandono o acompanhará até que ele tome consciência deste sentimentos verbalizando-os e crescendo.

Uma das tarefas mais difíceis do crescimento é superar a forma infantil de amar. Se você está num relacionamento parecido com o que foi descrito acima e vive reclamando de seu parceiro (a), é sinal de que algo está errado, que este relacionamento necessita ser trabalhado para que alcance a maturidade emocional.

O que não dá é para ficar sofrendo e condenando. Neste momento o melhor é não entrar no jogo infantil e buscar ajuda, verificando sempre se paralelo a tudo isso o alcoolismo se encontra presente ou algum outro tipo de dependência além da dependência emocional já instalada. Alcançar o relacionamento adulto seja em que nível for é a meta ideal para ficarmos longe do ciúme patológico, que deteriora qualquer relação.



Muitas pessoas pensam ainda que
ciúmes é sinal de amor!
Ledo engano,
ciúmes é o efeito de um sentimento
mal elaborado em relação ao amor,
mal compreendido, mal canalizado.
É uma forma egoística de encarar o relacionamento.
O ciumento deseja amar, mas não sabe amar.
Ciúmes é uma emoção bem desagradável,
é a própria expressão do medo da perda,
medo de ser rejeitado.
Com isso o ciumento
passa a controlar todos os passos do outro, sufocando-o
com cobranças e controle.
O sentimento de posse e medo se misturam...
e o ciumento passa a defender a sua "propriedade",
levando o outro ao "desespero".
Estas atitudes acabam por destruir
a relação amorosa.
O ciúmes deve ser

bem administrado e compreendido,

como os outros sentimentos, de raiva, medo...
Temos uma inteligência racional, que nos permite
tomar conta das nossas emoções,
então é só pensar se vale a pena ou não
construir o seu relacionamento na desconfiança,
gerando tantos problemas.
Não é melhor você confiar
na pessoa que você está junto?
O amor não é um convite à infelicidade,
mas um convite a estar com o outro,
numa relação construtiva e amorosa.
Nutrientes necessários para o seu crescimento;
confiança, admiração e respeito.
Sinta isso pela pessoa amada...
Sinta isso,
acima de tudo, por você mesmo!!

Existe um bom relacionamento sem confiança?

Ele é capaz de fazer a imaginação ir a lugares inimagináveis. É sujeito e predicado de verdadeiras cenas ricas em detalhes que passam a povoar a mente de quem o experimenta. O marido esta demorando a chegar? “Deve estar com alguém”. O celular da esposa esta desligado? “Ela esta me traindo”. De situações e dimensões variáveis, o ciúme talvez seja tão antigo quanto o amor. Esse cruel sentimento pode parecer algo “simpático” no início do relacionamento, mas comumente é motivo de muito sofrimento, não só para quem sente, como para quem é o “alvo”. E o que é pior, ele muitas vezes é irracional e desprovido de um real fundamento. Em diversos livros que abordam o tema, é comum constatar que quase todos já sentiram, estão sentindo ou sentirão ciúme um dia. E nos mais variáveis níveis; desde um ciumezinho bobo, passando para um estágio em que as famosas “ceninhas” se tornem corriqueiras, até o ponto de ocorrerem os célebres casos de crimes passionais.

Ao tentar controlar uma relação, o que o ciumento geralmente consegue é desgastá-la. De que adianta telefonemas-surpresa, tentativas de flagra, revirar bolsos e bolsas, se, no final das contas, não podemos estar 24 horas por dia cientes de tudo o que nosso (a) amado (a) faz e, principalmente, pensa?
Afinal, para que gostar tanto de alguém se esse sentimento, em vez de proporcionar prazer, traz angústia, dependência e descontrole?
De acordo com a Psicóloga e Psicanalista Clarice de Castro, no princípio, todos que amam sentem medo de perder a condição de pertencer ao outro e de ter o outro, e que o ciúme é um sentimento que todos tem, porém, quando se torna doentio é o estopim para o fim de um relacionamento.
“O ciúme é um sentimento da ordem da insegurança, e insegurança esta no campo de quem ama, e os que amam não querem perder seu objeto amado. Nós acreditamos na tese de que precisamos encontrar nossa cara metade, nascemos e convivemos com isto o tempo todo em nosso cotidiano, ao encontrar esta outra parte, nos sentimos mais seguros e de certa forma ao mesmo tempo, nos tornamos pessoas inseguras, pois a mente nos leva a acreditar na hipótese de perdê-la e nos colocamos na condição de frágeis e de pessoas desconfiadas", esclarece.
Clarice acredita que mesmo o sujeito com boa auto-estima sente insegurança diante do fantasma de perder quem ama. “É necessário que nós compreendamos que existem diversas possibilidades em relação ao encontro de duas pessoas, porém de certa forma, de fato, existem pessoas bastante possessivas em relação à pessoa amada, agindo de forma asfixiadora enfraquecendo e esfriando o relacionamento”, analisa.

Segundo a psicóloga, existe tratamento para o ciúme dentro da Psicanálise. E ele independe da condição social, estando ligado à formação psíquica do sujeito. O tratamento tem que ser baseado pela pessoa amada de muita compreensão, pois ele terá que ter muita paciência. O profissional deve ser de confiança do casal para que fique mais fácil a exposição dos problemas, também deve ser lembrado que as mudanças não acontecerão de um dia para o outro, um tratamento como este requer total entrega do casal e bastante auto-estima. Ao longo do tempo o indivíduo vai se rever, se reencontrar de forma natural até que passe a perceber através do parceiro (a) as mudanças no comportamento.

Faça o teste agora e descubra o quão ciumento (a) você é:

http://www.bolsademulher.com/testesperfil/secao/103/39