É tantas vezes querer conversar e não conseguir.
É ter a necessidade de colocar as cartas na mesa - por pior que seja o jogo - mas não encontrar um parceiro com a mesma vontade de jogar.
É PRECISAR entender tudo o que está errado entre duas pessoas. TUDO - com todas as letras - mesmo que as letras sejam tortas e chatas. Não importa. Tudo que é chato pode ser jogado fora, contanto que as pessoas entrem em contato com os próprios lixos e estejam dispostas a colocar do lado de fora. Ser mulher é querer reciclar.
Ser mulher é não achar graça em boiar pela vida. É saber que existe a profundidade e querer explorar. Porque aqui em cima é tudo tão pouco! Tão ralo! Tão sem sentido nenhum!
Ser mulher é procurar um homem, mas encontrar um monte de moleques que chamam as conversas entre duas pessoas de ”DDR” (Discussão de Relacionamento), sem a consciência de que auto-conhecimento é a única esperança para que o termo “relacionamento a dois” sobreviva no dicionário.
Ser mulher é entender que intimidade não significa apenas usar o mesmo banheiro. Inclusive porque isto você pode fazer com um total desconhecido no Shoppong Center mais próximo.
Ser mulher é saber que existem homens maduros por aí, mesmo não conhecendo pessoalmente.
Desculpem, garotos! Desculpem aqueles que fogem às regras. Desculpem a todos aqueles que questionaram as regras milenares e saíram por aí procurando por si mesmos.
Infelizmente, a grande maioria dos homens não foi criada para ter contato com os próprios sentimentos, não foi avisada que tem direito de errar e foi treinada a achar que só as notícias do jornal têm importância.
Pena. Que pena! Não pena de mim que sou mulher, mas pena do mundo que responde por este monte de criaturas ensinadas a viver sem consciência. Como se a vida se resumisse a um dia ocupado no escritório com muitas “coisas mais importantes” para resolver.
Resolvam-se a si mesmos e vocês resolvem o resto do mundo. Tentem! É igual comentar a posse do Obama e a Faixa de Gaza. Juro! A única diferença é que vocês vão fazer relações lógicas entre as coisas que acontecem PERTO de vocês - ao invés de analisar os fatos do outro lado do mundo.
Beleza? Que tal? Eu garanto que a dor é suportável.
E as mulheres agradecem, tenho certeza. Pelo menos uma boa parte delas.